Regresso

Seis anos depois da última publicação, voltei aqui. Rever as publicações que aqui ficaram é como encontrar um desconhecido que me mostra fotos de encontros nossos no passado, mas as quais me recuso a aceitar que não sejam apenas fruto de Photoshop. Não sei explicar este regresso por outras razões que não algum cansaço com a balbúrdia das redes sociais e com a sedução que blogues como o Ouriquense, o Mosca Fosforescente, o Ordet, o Blog sobre Kleist (sempre) ou mesmo o Malomil exercem sobre mim. Acredito que a escrita é sempre uma relação, um ato de conversar, mesmo que não se saiba para quem, ou se tenha a consciência de que escrever em blogues hoje está tão na moda como fazer pinturas rupestres. Mas, tirando a minha vergonhosa falta de talento para a pintura, as grutas parecem-me cada vez mais sítios frescos e sossegados.