Serendipidade
A «Peregrinação dos Três Jovens Filhos do Rei de Serendipo» foi um conto publicado em Itália no século XVI, baseado na tradução de uma história persa. A história narra a viagem dos príncipes de Serendipo - antigo nome do Sri Lanka - que partem para o mundo para aprender e permitem que o mundo os desafie e surpreenda.
A
história levou Horace Walpole a inventar a palavra «serendipity»,
ou serendipidade, para designar uma revelação inesperada que nasce
da nossa inteligência perante os factos e acasos que o mundo nos
concede. E Voltaire adaptou a história em «Zadig», inspirando não
só os métodos da nova ciência da Paleontologia, mas também Edgar
Alan Poe a escrever «Os Crimes da Rua Morgue» e Arthur Conan Doyle
a criar a personagem de Sherlock Holmes.
No
entanto, a palavra «Serendip», só por si, vem do Sânscrito e nada
mais significa do que «ilha que é habitada por leões».
Haverá ainda surpresas no mundo que nos impressionem como leões, é algo que me interrogo de quando em vez.
Haverá ainda surpresas no mundo que nos impressionem como leões, é algo que me interrogo de quando em vez.