Memória de coisas vistas


 


Está online a edição 24 da Mnemónica, plataforma de documentação e reflexão crítica promovida pelo Balleteatro - Escola Profissional que conta com um texto meu sobre o Festival Projeções, onde, com Aura da Fonseca e Jorge Gonçalves, pude entusiasmar-me com projetos de Cochon de Cauchemar, Maria R Soares, Vera Medeiros Santana e Margarida Queirós.


«As palavras são punhados de água, que procuram fixar aquilo que não pode ser fixado. Transformar uma experiência de espectador em palavras é, mais do que água, tentar agarrar o próprio ar para lhe pulsar a temperatura e o batimento cardíaco, e depois enfiá-lo dentro de uma garrafa de vidro que poderemos ocasionalmente espreitar, na maior parte das vezes confundindo o ar com o próprio vidro que lhe dá forma.
Desisti por isso de ser isento, de ser justo, de ser objetivo, e preferi tornar-me eu próprio objeto das performances que contemplei. Espectador do espectador que fui.»